INDIE 2006, RADIOHEAD E UM PÁSSARO DE PAPEL
Fui na passada sexta-feira ao Indie 2006 ver o documentário sobre os Radiohead, curiosamente chamado de
Radiohead Television : The Most Gigantic Lying Mouth of All Time.
Sim, os cabeça de rádio resolveram fazer televisão.
E valeu bem a pena ir ver um filme às 0:15 (que na prática começou às 0:30), sair da sala aproximadamente às 2:00, esperar pelo autocarro da carris 206 durante uma hora (supostamente esta a carreira da linha da madrugada tem anunciada no horário da paragem uma periodicidade de meia-hora), perder a paciência e desembolsar perto de 9€ por uma regresso a casa de táxi.
O filme foi espectacular, para quem tem fome de criatividade e arte. Composto por uma série de programas de TV em que a música dos Radiohead serviu de inspiração (e banda sonora) a vários artistas na criação de videoclips, foi para mim a melhor sessão do Indie deste ano.
O filme teve momentos hilariantes com videoclips totalmente doidos, tal como “Freak Juice” e especialmente as entrevistas a Thom Yorke e Ed O'Brien, em que o último esteve impagável na única entrevista que deu para o filme/programa TV !
Felizmente para quem não pode assistir, a série de programas encontra-se disponível em DVD. Eu sei disto, pois foi este o meio usado na projecção da obra no Indie.
Mas esse dia foi especial não só pelo filme em si, mas pela experiência por mim vivida.
Antes do início da projecção, já sentado dentro da apinhada sala, ouvi conversas do tipo :
- Ando a fazer um trabalho na área do som. Tenho pegar um sons agressivos e por
modelação tento os combinar em algo suave.
- Epa, mas isso é difícil.
Estava seguramente rodeado de gente jovem ligada às artes.
Mas foi durante o visionamento do filme que senti o meu interior a ser nutrido, como se por via-intravenosa, pela arte que estava a assistir. Apercebi-me da ligação profunda que existe entre mim e arte. Algo básico e profundo, não transponível em palavras.
Durante o visionamento de pequenos excertos de sessões de gravação do grupo, vieram-me à ideia pensamentos sobre o tema “ser bom naquilo que fazemos” e que provavelmente, deveria ter seguido um curso ligado às artes em vez de ter seguido um curso de teor científico. De que não estou possivelmente a trabalhar no lugar certo.
Não sei o que estarei a fazer daqui a 10 anos, nem mesmo daqui a 2 meses. Mas gostaria de fazer parte deste mundo de criatividade.
Até que, quando era pequeno, antes de TBC, a criatividade brotava em mim. Por curiosidade, deixo aqui fotografias de uma “estátua” que fiz em papel pintado a guache do meu defundo piriquito.
Não é que
Today I woke up sucking a lemon
mas no dia seguinte acordei atento para algo que devia nutrir mais.
Radiohead Television : The Most Gigantic Lying Mouth of All Time.
Sim, os cabeça de rádio resolveram fazer televisão.
E valeu bem a pena ir ver um filme às 0:15 (que na prática começou às 0:30), sair da sala aproximadamente às 2:00, esperar pelo autocarro da carris 206 durante uma hora (supostamente esta a carreira da linha da madrugada tem anunciada no horário da paragem uma periodicidade de meia-hora), perder a paciência e desembolsar perto de 9€ por uma regresso a casa de táxi.
O filme foi espectacular, para quem tem fome de criatividade e arte. Composto por uma série de programas de TV em que a música dos Radiohead serviu de inspiração (e banda sonora) a vários artistas na criação de videoclips, foi para mim a melhor sessão do Indie deste ano.
O filme teve momentos hilariantes com videoclips totalmente doidos, tal como “Freak Juice” e especialmente as entrevistas a Thom Yorke e Ed O'Brien, em que o último esteve impagável na única entrevista que deu para o filme/programa TV !
Felizmente para quem não pode assistir, a série de programas encontra-se disponível em DVD. Eu sei disto, pois foi este o meio usado na projecção da obra no Indie.
Mas esse dia foi especial não só pelo filme em si, mas pela experiência por mim vivida.
Antes do início da projecção, já sentado dentro da apinhada sala, ouvi conversas do tipo :
- Ando a fazer um trabalho na área do som. Tenho pegar um sons agressivos e por
modelação tento os combinar em algo suave.
- Epa, mas isso é difícil.
Estava seguramente rodeado de gente jovem ligada às artes.
Mas foi durante o visionamento do filme que senti o meu interior a ser nutrido, como se por via-intravenosa, pela arte que estava a assistir. Apercebi-me da ligação profunda que existe entre mim e arte. Algo básico e profundo, não transponível em palavras.
Durante o visionamento de pequenos excertos de sessões de gravação do grupo, vieram-me à ideia pensamentos sobre o tema “ser bom naquilo que fazemos” e que provavelmente, deveria ter seguido um curso ligado às artes em vez de ter seguido um curso de teor científico. De que não estou possivelmente a trabalhar no lugar certo.
Não sei o que estarei a fazer daqui a 10 anos, nem mesmo daqui a 2 meses. Mas gostaria de fazer parte deste mundo de criatividade.
Até que, quando era pequeno, antes de TBC, a criatividade brotava em mim. Por curiosidade, deixo aqui fotografias de uma “estátua” que fiz em papel pintado a guache do meu defundo piriquito.
Não é que
Today I woke up sucking a lemon
mas no dia seguinte acordei atento para algo que devia nutrir mais.